Gostei bastante, comentei e congratulei em alguns blogs vizinhos a reportagem. Gostei, essencialmente, da forma como mostraram que a nossa vida é exactamente igual aos restantes, e que como os restantes também temos opiniões divergentes.
Aquando da saída do artigo, entendi não postar aqui sobre o assunto porque considerei que estava tudo dito. Mas, depois de uma semana a digerir alguns comentários ao artigo, não consigo ficar indiferente a tanta homofobia que paira no ar.
Afinal, o que tem a minha vida assim de tão diferente?
Tenho uma hipoteca da casa, um carro, pago as minhas contas, nunca fui multada, nunca infringi qualquer lei, sempre cumpri no meu emprego… Como a minha mãe refere orgulhosamente: sou uma óptima dona de casa, sei fazer de tudo, costurar, cozinhar, limpar… Gosto de viajar, namorar, conviver… Será que o facto de partilhar a minha vida com uma mulher me torna assim tão diferente?
Se cumpro os meus deveres porque não posso eu usufruir dos mesmos direitos que os restantes? Tudo o que tenho, conquistei com a minha mulher. Não será justo que se ela adoecer eu possa prestar-lhe assistência? Não será justo ela ser a minha herdeira legal, após quase 17 anos de vida em comum? Não será justo eu dar-lhe publicamente um carinho sem pensar que posso estar a ser julgada?
Há quem defenda que não é com manifestações que vamos conquistar os nossos direitos. Pois... quem me conhece sabe que a minha postura foi sempre lutar na rua por aquilo que acredito, quer enquanto estudante, trabalhadora, militante ou cidadã. Será essa mesma postura que irei ter sempre para defender os meus direitos, enquanto mulher que simplesmente ama outra mulher!
Eu não quero ser tolerada, quero ser respeitada…
Nota: Obrigada e parabéns às seis mulheres que deram a cara.
Aquando da saída do artigo, entendi não postar aqui sobre o assunto porque considerei que estava tudo dito. Mas, depois de uma semana a digerir alguns comentários ao artigo, não consigo ficar indiferente a tanta homofobia que paira no ar.
Afinal, o que tem a minha vida assim de tão diferente?
Tenho uma hipoteca da casa, um carro, pago as minhas contas, nunca fui multada, nunca infringi qualquer lei, sempre cumpri no meu emprego… Como a minha mãe refere orgulhosamente: sou uma óptima dona de casa, sei fazer de tudo, costurar, cozinhar, limpar… Gosto de viajar, namorar, conviver… Será que o facto de partilhar a minha vida com uma mulher me torna assim tão diferente?
Se cumpro os meus deveres porque não posso eu usufruir dos mesmos direitos que os restantes? Tudo o que tenho, conquistei com a minha mulher. Não será justo que se ela adoecer eu possa prestar-lhe assistência? Não será justo ela ser a minha herdeira legal, após quase 17 anos de vida em comum? Não será justo eu dar-lhe publicamente um carinho sem pensar que posso estar a ser julgada?
Há quem defenda que não é com manifestações que vamos conquistar os nossos direitos. Pois... quem me conhece sabe que a minha postura foi sempre lutar na rua por aquilo que acredito, quer enquanto estudante, trabalhadora, militante ou cidadã. Será essa mesma postura que irei ter sempre para defender os meus direitos, enquanto mulher que simplesmente ama outra mulher!
Eu não quero ser tolerada, quero ser respeitada…
Nota: Obrigada e parabéns às seis mulheres que deram a cara.
10 comentários:
Subscrevo tudo o que foi dito. Mas infelizmente manifestações incomodam muita gente e também é verdade que nem todas as pessoas se manifestam pelos melhores motivos, nem da melhor forma, o que faz muitas vezes com que se ridicularizem. A verdade é que, tal como em outros assuntos, também no que diz respeito à sexualidade a Humanidade ainda está a anos luz do que seria não o ideal mas o razoável. Mas acredito que aos poucos as pessoas vão mudando. Tal como eu, levei anos a abrir a minha mentalidade e a aceitar-me como sou e só depois disso comecei a aceitar o mundo como é. Um dia o mundo também vai aceitar que sejamos todos iguais porque não se debate aqui a sexualidade ou as orientações de cada um, mas sim os direitos e deveres de cada pessoa, independentemente de com quem se escolhe partilhar a vida, os bons e os maus momentos.
Se para isso acontecer tivermos de nos manifestar como noutros temas, então que seja. Continuem a acreditar e a lutar!
Aqui por casa o sentimento é o mesmo.
hipi
Obrigada pelo teu testemunho, concordo a 100% com as tuas palavras. Eu continuo a acreditar e a lutar pelos meus direitos e ideais.
a
É este sentimento que nos une que poderá levar à mudança.
Visibilidade, banalidade e, claro, continhas pagas no fim do mês. Ah! Para acrescentar ao deveres, pois sim, DIREITOS!
;)
sara cacao
Obrigada pela visita.
Pouco a pouco, vamos lá chegar... aos DIREITOS, claro!
Fiquem bem (sara, rita e bicharada)
:)
fa�o das tuas as minhas palavras. e fico feliz por ver que se come�a a pensar desta forma. tamb�m sou da mesma opini�o. o respeito pelas diferen�as � o caminho e n�o a toler�ncia. Uma toler�ncia, neste caso, muitas vezes disfar�ada de homofobia.
Dscp a invas�o... ***
poppie
Invade e deixa a tua marca quando quiseres, és sempre bem vinda!
Concordo plenamente contigo, a tolerância serve apenas como disfarce da homofobia.
Assino por baixo, tolerar, tolera-se os mosquitos...
Gostei do teu cantinho!!
Parabéns!
adoa,
Bem vinda a este cantinho :)
Lá está! Tolero mosquitos, mas sou mosquitofóbica!
Obrigada
Um abraço
Quer saber a minha opinião, seja felizzzz
Vc é importante a pessoa que está do seu lado é mais ainda, o resto mig e resto. Não sou lésbica sou casa a 11 anos, mas tenh amigas que moram juntas a bom tempo, eu admiro a luta dela, sejam feliz
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