Deixo-vos uma sugestão da Pugo que me pareceu muito interessante:
E se um dia, o seu filho chegar a casa e disser " mãe, sou gay"? E se essa família for católica, conservadora, "quase perfeita"?
Muito provavelmente ficaria em estado de choque porque ainda são poucas as famílias que estão preparadas para receber uma notícia como esta. Ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a homossexualidade não é uma doença, uma ideia, uma fase na vida dos adolescentes ou até mesmo um pecado. A ciência não consegue encontrar explicações e a verdade é que sempre existiu mas, por representar uma minoria, ainda não é bem aceite e é alvo de discriminação.A TVI foi encontrar pais e filhos angustiados. Alguns ainda sem coragem de contar à própria família, outros que foram aceites e que por isso já encontraram um caminho. Talvez poucos imaginam o sofrimento que poderá ser guardar um segredo que nos atormenta das pessoas que mais amamos.¿Por Vergonha de Amar¿, é uma reportagem que fala do sofrimento de quem ainda não se assumiu. Mas fala também de amor e de famílias que reencontraram os seus filhos e a quem puderam finalmente abraçar.
Hoje, no Repórter TVI a seguir ao Jornal Nacional.
10 comentários:
Já tinha visto a TVI a anunciar esta reportagem, parece-me que vai ser bastante interessante.
Nos dias de hoje ainda é preciso dizer "não, não é uma doença", "não, não é uma fase".
Seja uma "família perfeita" ou não, o amor deveria estar sempre em primeiro lugar.
a minha saída do armário foi muito util para perceber que os meus pais são pessoas imperfeitas. foi um golpe duro perceber que afinal eram humanos. cheios de erros e contradições, questionei na altura a tal coisa de amor incondicional.
ainda bem que esta reportagem vai sair. talvez falem do desespero
que sentimos. 'será que eles vão continuar a gostar de mim?'
era uma coisa que eu pensava muito...
Olá,
O meu testemunho seria extensíssimo, diferente, mas encorajador, creio eu. Sai do armário muito tarde, mas não deixei o armário para contar a história... Foi uma espécie de grito do Ipiranga. Para trás, quarenta anos e uma vidinha familiar, profissional e social como mandava o figurino. Sei bem o quanto difícil pode ser, é e foi.
A minha história tb é bem complicadinha...
http://chocolatechantylly.blogspot.com/
Gostava de ver, mas preferia que os meus pais vissem. Talvez ajudasse quando chegar a minha altura...
Vi e gostei bastante! A abordagem foi diversa e focou diferentes níveis sociais e culturais! É óptimo que se fale cada vez mais sobre o assunto, desmistificando o tema nas cabeças mais fechadas.
Curiosamente também comentei cá em casa: "Espero que os meus pais estejam a ver!". Para um dia quem sabe... compreenderem.
Beijos a vocês meninas cuja história também é uma prova de força vivida.
Gostei muito da reportagem. Uma reportagem descomplexada que procurou transmitir, e bem, os sentimentos dos filhos que vivem com medo de magoar os pais e os sentimentos dos pais qd confrontados com a homossexualidade dos filhos.
Muitos pais deviam ter visto esta reportagem para que percebessem que a homossexualidade não é nenhum "monstro". Amar alguém do mesmo sexo é simplesmente amar.
A comunicação aos meus pais tb não foi nada nada pacífica, bem pelo contrário, saí de casa no dia que fiz 18 anos e ainda hoje não me aceitam como sou.
@Pioio (e @Pugo), gostava muito que no dia em que tiveres essa conversa com os teus pais, eles compreendam que a filha continua a ser a mesma filha e a mesma pessoa linda que sempre amaram.
Beijos
Como vão dizendo por aqui, uma reportagem que deveria de ser vista sobretudo pelos pais!
Não é fácil para ninguém, a saída do armário, mas ela, ao contrário da opinião de muita gente, é necessária pois nós precisamos de ter o apoio de quem nos é mais querido, o que nem sempre acontece, infelizmente.
Vi a reportagem, que achei positiva, mais por se falar no assunto, do que pelo próprio conteúdo, que poderia ter sido mais interessante.
Quis ver essa reportagem e principalmente por ser mãe. A verdade é que por mais que eu ache que amor é amor, que pergunte à minha filha se tem namorado ou namorada (ela tem 6 anos), a verdade é que do ponto de vista de pais, acho que o que doi é mais a projecção que fazemos para os nossos filhos. Projectamos-lhes uma vida e ansiamos por ela. Do ponto de vista de pais, deviamos todos ser educados a perceber que os filhos não nos pertecem. Filhos são individuos e como tal temos de os respeitar. Gostei da reportagem, mas tambem concordo que a sua maior importancia foi falar-se do assunto. O conteudo podia ter sido melhor.
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